Casal que escravizou pastor em Carrazeda de Ansiães vê a pena ser aumentada
Decisão foi proferida em recurso.
O Tribunal da Relação de Guimarães aumentou a pena do casal, residente em Carrazeda de Ansiães, condenado pela prática de dois crimes de tráfico de pessoas e dois crimes de abuso de confiança, de cinco para seis anos e seis meses de pena de prisão.
Em Tribunal, ficou provado que o casal aliciou um pastor a realizar trabalhos em troca de comida e dinheiro, mas acabou por explorar a vítima, aproveitando-se ainda da pensão que o homem recebia, num valor de mais de 11 mil euros.
A vítima padecia de problemas de saúde mental e não tinha qualquer tipo de apoio familiar. Vivia numa corriça com os animais, sem luz, água, e dormia em cima do feno com apenas um cobertor. O pastor não tomou banho durante vários meses e fazia apenas uma refeição por dia.
A situação perdurou até setembro de 2019, altura em que o ofendido conseguiu libertar-se dos arguidos, mas em junho de 2020 os arguidos voltaram a aproximar-se do ofendido, e até novembro desse ano voltaram a sujeitá-lo a trabalhos forçados sem qualquer contrapartida financeira. Foram depois detidos pela Polícia Judiciária.
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