Cemitério de Carnide já efectua 90% das exumações

Uma década depois de detectar dificuldades na decomposição de corpos no cemitério de Carnide, a Câmara de Lisboa diz que a solução foi "implementada e concluída" e que actualmente são efectuadas 90 por cento das exumações marcadas

25 de janeiro de 2011 às 10:17
Cemitério, Carnide, Exumações, Câmara de Lisboa Foto: CM
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Em 2001, as primeiras exumações no cemitério-jardim revelaram que os cadáveres não estavam em  condições de ser levantados, devido "sobretudo à presença de água no solo",  segundo a autarquia.

Pouco depois, o espaço deixou de ter a função de sepultamento, salvo  em raras excepções, como no funeral da escritora Sophia de Mello Breyner.

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A divisão de gestão cemiterial  explicou que, quando o município identificou a causa do atraso na decomposição,  reduziu a rega das secções de enterro, o que levou à diminuição da humidade dos terrenos.

De acordo com os serviços, "a mudança de procedimentos foi implementada  e concluída sem custos" e actualmente estão a ser enviados avisos aos familiares  dos falecidos sepultados em 1996, para marcação da exumação dos restos mortais.

Ainda de acordo com a autarquia, perto de um quarto dos 14.500 jazigos particulares dos cemitérios lisboetas está oficialmente ao abandono.  Nas contas da divisão de gestão dos cemitérios, estão nessa situação  cerca de 3.600 jazigos, ou seja, cerca de 24 por cento da totalidade.

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Segundo informação dos serviços, o abandono é considerado "quando os  concessionários não sejam conhecidos ou residam em parte incerta e não exerçam  os seus direitos por um período superior a 15 anos", embora o regulamento  dos cemitérios municipais determine que deva haver limpeza pelo menos de  10 em 10 anos.

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