Chefe da PJ admite utilização de inspetor como ‘agente infiltrado’

A lei impede o Ministério Público de usar agentes ‘infiltrados’ nas investigações.

13 de junho de 2022 às 09:50
Domenico Miserandino, italiano, foi libertado Foto: pedro noel da luz
Julgamento decorre no Tribunal de Portimão Foto: Pedro Noel da Luz

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Um coordenador da PJ do Algarve esteve esta semana no Tribunal de Portimão a depor num julgamento de tráfico de droga com três arguidos (1 holandês e 2 portugueses). O responsável admitiu a utilização de um inspetor como ‘agente infiltrado’, precipitando assim a prática de crimes.

Desde o início do inquérito, em maio de 2021, que os advogados insistem que os arguidos, juntamente com Domenico Miserandino (um italiano entretanto despronunciado e solto), foram direcionados para um carro onde estavam 144 quilos de cocaína - e por isso presos.

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Os juízes suspenderam o processo, para que se investigasse esta alegação. Entretanto, as sessões foram retomadas, e nesta semana um responsável da PJ admitiu que foi empenhado um inspetor com estas funções no inquérito. A lei, recorde-se, impede o Ministério Público de usar agentes ‘infiltrados’ nas investigações, o que levou a nova suspensão do julgamento até 28 de junho, para interrogatório do inspetor usado como infiltrado. 

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