Cirurgia cardíaca é nova aposta do Hospital de Beja
Anomalia do ritmo cardíaco afeta 10 por cento das pessoas com mais de 80 anos.
O Hospital de Beja realizou a primeira ablação de fibrilhação auricular pela técnica de crioablação no Sul de Portugal, tornando-se "pioneiro" na região no procedimento "minimamente invasivo" para corrigir esta perturbação do ritmo cardíaco.
Em comunicado, citado pela Agência Lusa, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) explica que se trata de um procedimento "minimamente invasivo" utilizado para corrigir, através do isolamento elétrico das veias pulmonares na aurícula esquerda, a perturbação do ritmo cardíaco conhecida como fibrilhação auricular.
O procedimento foi realizado por uma equipa multidisciplinar composta pelo cardiologista Luís Moura Duarte, pela anestesista Luísa Elisiário, pelo electrofisiologista João de Sousa e pelo cirurgião cardíaco Javier Gallego, além de enfermeiros e técnicos de cardiopneumologia e radiologia da ULSBA.
A fibrilhação auricular é a anomalia mais comum do ritmo cardíaco e mais frequente à medida que se envelhece, refere a ULSBA, indicando que se estima que "afete cerca de 1% da população" e que se observa em 5% das pessoas com mais de 65 anos e em 10% com mais de 80 anos.
Segundo o cardiologista Luís Moura Duarte, a fibrilhação auricular "aumenta o risco" de insuficiência cardíaca e de acidente vascular cerebral (AVC) e é um "fator de risco para o desenvolvimento de demências".
A informação da ULSBA surgiu poucos dias após o anúncio de que foi aprovada a candidatura para a aquisição de equipamento de ressonância magnética para o hospital da cidade de Beja.
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