CM contesta mordaça
Oposição da Cofina entrou esta sexta-feira no Tribunal Cível.
Uma ingerência inadmissível do poder judicial na livre iniciativa económica e na liberdade de concorrência. Este é um dos argumentos invocados na oposição à providência cautelar, esta sexta-feira interposta no Tribunal Cível de Lisboa.A ação, em nome dos jornalistas do CM citados na proibição e também da empresa Cofina, que detém os títulos que estão impedidos de escrever sobre o caso Marquês, pede que a providência cautelar seja de imediato revogada. A decisão caberá à mesma juíza que, há 11 dias, determinou a mordaça do Correio da Manhã e da CMTV
São muitas as questões levantadas pela defesa. Uma delas tem a ver precisamente com o valor da ação que foi determinado por José Sócrates. Que diz ter sofrido um prejuízo de 300 mil euros por uma semana de notícias do Correio da Manhã – já que só estará em causa aquilo que foi publicado posteriormente ao levantamento do segredo de justiça interno.
A oposição questiona também qual o limite da ação. Quando é que a mesma termina e se, caso seja levantado o segredo de justiça externo, o Correio da Manhã poderá voltar a noticiar a investigação é outra das questões que o CM quer ver esclarecidas.
Os prejuízos sofridos pelo grupo Cofina – que neste momento é o único que está impedido de noticiar uma investigação que visa um ex-primeiro-ministro – são outro dos pontos levantados pela defesa do Correio da Manhã.
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