Cocktail de droga intoxica oito presos

Análises deram negativo para Ketamina e revelam mistura de substâncias canabinoides.

29 de abril de 2015 às 16:32
Cocktail, droga, presos, intoxicação, mistura, substância, ketamina Foto: Edgar Martins
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As análises feitas pelo Instituto de Medicina Legal às amostras de sangue dos oito reclusos de Castelo Branco, que no domingo foram internados em estado grave, revelaram a presença de substâncias canabinoides, mas não de Ketamina, informou ontem a direção do Hospital Amato Lusitano.

Fonte desta unidade de saúde adiantou ao CM que os reclusos terão consumido uma mistura explosiva de substâncias que provoca efeitos muito semelhantes aos da Ketamina, usada sobretudo em veterinária.

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Esta informação vem contrariar a suposição inicial dos Serviços Prisionais, que, no domingo, diziam que os presos "apresentavam sinais de doença súbita, resultante do consumo de uma substância ilícita, presumivelmente Ketamina".

Os reclusos sofreram uma overdose após consumirem uma droga sintética introduzida ilegalmente na cadeia. Os familiares estão revoltados com a forma como os Serviços Prisionais lidaram com a situação. Emília Silva, mãe de Gerson e Nuno Macedo, de 36 e 34 anos, estava em Angola e só soube o que se passou na segunda-feira à tarde. "Ninguém me avisou. Tive de saber pela família e pela televisão, nem mesmo depois de contactar a prisão fui esclarecida. Estou revoltada porque têm o meu número e deviam ter avisado", reclama a mulher, de 55 anos. Antero Silva, padrasto dos dois homens angolanos mas residentes em Viseu, quer que os Serviços Prisionais expliquem "como foi possível uma droga tão perigosa entrar na cadeia".

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Ontem, o estado de três reclusos melhorou e dois deles – entre os quais o mais novo, Fábio, de 24 anos – foram transferidos para o hospital prisional de Caxias. Os restantes continuam internados em Castelo Branco e quatro deles em estado crítico.

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