Comandante de navio encalhado em Viana exonerado de funções
Marinha revela que o acidente do NRP Figueira da Foz foi provocado por "erro humano".
O Comandante do Navio da República Portuguesa (NRP) Figueira da Foz foi exonerado de funções na sequência da investigação às causas do acidente à saída do porto de Viana do Castelo, disse esta quinta-feira fonte da Marinha.
De acordo com o capitão-de-fragata Vicente Rodrigues, porta-voz da Marinha, o relatório preliminar da comissão de inquérito nomeada para averiguar as causas do acidente concluiu ter existido "erro humano" durante as manobras realizadas na noite de sexta-feira passada, à saída do porto de Viana do Castelo. Referiu ainda que na sequência daquela conclusão a Marinha portuguesa decidiu "exonerar de funções o comandante do navio", adiantando que "será nomeado outro comandante" para a embarcação.
Segundo aquele responsável, o acidente ocorreu porque o "navio se aproximou demasiado de terra para realizar o transbordo de pessoal". "A Comissão de Inquérito constituída por técnicos altamente especializados e por elementos do Instituto Hidrográfico constatou que a Carta Hidrográfica assinala como zona perigosa o local onde ocorreu o acidente", explicou.
Do acidente resultaram apenas "danos materiais" no sistema de propulsão que começaram a ser reparados segunda-feira nos estaleiros da West Sea, em Viana do Castelo. De acordo com o responsável vão ser substituídos "os dois hélices, um dos dois veios e vão ser recuperados os dois lemes", material que "já existia nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) no âmbito da encomenda de oito daqueles navios feita em 2004 pelo Ministério da Defesa, então liderado por Paulo Portas".
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