Comandos internados já não voltam ao curso
Militares foram atacados por uma toxina libertada com base em calor, drogas ou exaustão.
Os militares do Exército do curso de Comandos que tiveram de ser hospitalizados depois de uma formação no Campo de Tiro de Alcochete, no domingo, já não vão voltar ao curso (o 127º), mesmo que recuperem totalmente. Os restantes estão a ser avaliados por médicos e a sua reintegração será decidida com base na informação clínica. O curso, que contava com 57 soldados, dez sargentos e três oficiais, foi suspenso e não há data prevista para a sua reativação.
Ontem permaneciam internados três militares – um em estado crítico no Hospital Curry Cabral (ver caixa) e dois no Hospital das Forças Armadas. Os últimos receberam ontem à tarde a visita do Presidente da República e do ministro da Defesa. À saída, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que "estão a recuperar bem, um deles até já estava sentado e a conversar com a família".
Segundo o CM apurou, os militares afetados pelo "golpe de calor" sofreram de uma síndrome conhecida por rabdomiólise, situação clínica provocada por exaustão, calor ou drogas, que leva os músculos a produzirem uma toxina que, ao ser libertada, provoca danos nos rins e noutros órgãos.
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