Confirmados nove casos de coronavírus nas cadeias portuguesas

Entre os infetados encontram-se quatro guardas, um médico, uma enfermeira e uma auxiliar de ação médica,

06 de abril de 2020 às 13:15
Prisão de Caxias Foto: Pedro Catarino
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O sistema prisional regista, até esta segunda-feira, nove infetados por covid-19, entre os quais, quatro guardas, um médico, uma enfermeira e uma auxiliar de ação médica, disse à Lusa a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).

Em resposta enviada esta segunda-feira à agência Lusa, a Direção-Geral adianta que no sábado um guarda do Estabelecimento Prisional de Silves recebeu o resultado do teste positivo, continuando confinado em casa onde já se encontrava desde o dia 27 de março.

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Foram identificados os cinco contactos próximos deste guarda/doente, que estão em isolamento profilático a aguardar a realização de testes de despiste.

Outro guarda prisional, a trabalhar nos Serviços Centrais, soube no sábado que estava infetado com covid-19 e permanece em casa em tratamento, tendo sido identificados os oito contactos próximos deste doente, que os serviços clínicos mandaram ficar em isolamento profilático.

Um médico que presta serviço no Estabelecimento Prisional de Silves também está infetado com o novo coronavírus.

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Segundo a DGRSP, a última vez que o médico que esteve em contacto com alguém do serviço foi a 23 de março, tendo sido colocada uma enfermeira em isolamento profilático.

Uma auxiliar de ação médica que presta serviço no Hospital Prisional de São João de Deus, também testou positivo para a covid-19 e encontra-se em quarentena.

No Estabelecimento Prisional do Porto há um guarda que acusou positivo pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) dia 29 de março e última vez que esteve escalado para trabalhar foi no dia 23.

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Refere a Direção-Geral que já foram identificados os contactos próximos deste guarda/doente, que estão a cumprir isolamento profilático.

Na terça-feira passada um guarda do Hospital Prisional de São João de Deus também foi diagnosticado com covid-19 e está em tratamento e isolamento em casa.

"Uma vez que o guarda prisional doente a ultima vez que esteve escalado ao serviço havia sido há cerca de uma semana, de acordo com os orientações da saúde pública não há terceiros como tendo tido contacto próximo com este guarda, no tempo de contágio, sendo certo que o Hospital Prisional mantém a vigilância ativa relativamente a todos os trabalhadores e reclusos", refere a resposta da DGRSP.

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A assistente administrativa do Estabelecimento Prisional de Sintra que se encontrava em regime de trabalho descontinuado, está a recuperar em casa.

Uma enfermeira, que presta serviço no Estabelecimento Prisional feminino de Santa Cruz do Bispo está em casa desde 28 de março, tendo sido identificados oito contactos próximos que, "não obstante terem sido considerados como de baixo risco de exposição, estão em isolamento profilático e serão objeto de teste".

Segundo a DGSRP, a única reclusa infetada com covid-19 diz é uma cidadã estrangeira que foi detida na posse de droga e que está no Hospital Prisional de São João de Deus.

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Ao início desta tarde o CM noticiou que estava confirmado o sétimo caso, um elemento do Centro de Formação da Guarda Prisional, em Caxias, Oeiras.

Segundo o CM apurou, este elemento trabalhou dois dias durante a semana passada, mas perante os sintomas manifestados foi mandado para casa com ordem para fazer o teste durante o último fim de semana. O resultado deu positivo.

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