Conselho Superior da Magistratura recusa abrir novo inquérito a Neto Moura

CSM considerou que não tinha legitimidade para abrir um novo procedimento disciplinar ao juiz.

26 de fevereiro de 2019 às 15:13
Juiz Neto de Moura tirou pulseira eletrónica a agressor que rebentou tímpano à mulher Foto: CMTV
juiz, Neto de Moura, violência doméstica, liberdade de expressão Foto: Fernando Veloso /Lusa
Neto de Moura, juiz, porto, violência doméstica, polémica, acórdão Foto: António Rilo
Juíz do caso de violência doméstica Foto: CMTV

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O Conselho Superior da Magistratura (CSM) decidiu não abrir novo inquérito ao juiz Neto Moura. Esta segunda-feira foi divulgado pelo jornal Público um acórdão assinado por este mesmo juiz em que este decidia retirar a pulseira eletrónica a um agressor de violência doméstica que furou o tímpano da vítima com um soco. O desembargador escrevia que "a mais banal discussão ou desavença é logo considerada violência doméstica", desvalorizando a agressão em causa.

O CSM contou ao jornal Expresso que não irá abrir um novo inquérito ao juiz já que se trata de "matéria de âmbito jurisdicional - em que está em causa a decisão de um juiz - pelo que se aplicam os artigos e princípio acima descritos, não tendo o CSM competência, por força da Constituição e da Lei para interferir em decisões dos magistrados judiciais".

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O desembargador já tinha sido castigado por causa de considerações feitas num outro acórdão sobre violência doméstica, antes de assinar este novo acórdão. 

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