Contrato local de segurança dá resposta ao ataque a dois bombeiros em Borba
Multidão em fúria espancou dois soldados da paz no quartel.
A constituição de um contrato local de segurança é a resposta encontrada pelo Ministério da Administração Interna (MAI) para tentar devolver o sentimento de tranquilidade ao concelho de Borba, onde, no fim de semana passado, dois bombeiros foram espancados no quartel por uma multidão em fúria.
Esta foi a principal conclusão das audiências que o ministro Eduardo Cabrita e o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tiveram esta quinta-feira com o presidente da câmara e o comandante dos bombeiros de Borba, António Anselmo e Joaquim Branco, e com o comandante da GNR de Évora, coronel Joaquim Grenho.
Acompanhado pela secretária de Estado para a Integração, Cláudia Pereira, e o secretário de Estado da Administração Interna, Antero Luís, o ministro Eduardo Cabrita diz ter "reafirmado a solidariedade para com os bombeiros de Borba e também com a atuação das forças de segurança pela atuação no sábado".
A solução encontrada foi constituir um contrato local de segurança. Trata-se de um instrumento de gestão territorial, implementado pelo ex-ministro Rui Pereira e que reforça a cooperação entre os poderes central e autárquico. A ideia é reunir as competências das entidades concelhias ligadas à Segurança, Habitação, Segurança Social e Mediação e ainda permitir a colaboração de representantes das instituições estatais e particulares, bem como das comunidades locais.
PORMENORES
Pedido de apoio médico
Um grupo de 20 pessoas invadiu o quartel dos bombeiros de Borba, sábado de madrugada, exigindo apoio médico para um homem que não precisava de ajuda. Seguiram-se as agressões.
Liga pede resposta
A Liga dos Bombeiros foi rápida a "repudiar" a violência exercida contra os bombeiros de Borba, exigindo ao Governo "uma resposta urgente para aumentar a segurança nos quartéis".
Criados em 2008
Os contratos locais de segurança foram criados em 2008, no âmbito da estratégia para a segurança do Governo de então.
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