Coronel da GNR demitido por criticar governo
Pedro Duarte diz que curso deve ocorrer já. MAI discorda.
O coronel da GNR Pedro Duarte foi ontem exonerado do cargo de Comandante da Escola Prática da Guarda, que ocupava desde 13 de fevereiro, por ter feito críticas à forma como o Governo está a gerir a abertura de um curso de formação de 450 militares.
O CM questionou o Ministério da Administração Interna (MAI), que tutela a GNR, sobre se os motivos da demissão do coronel Pedro Duarte tiveram que ver com eventuais discordâncias com a tutela.
Em resposta, fonte oficial do MAI disse: "O Ministério da Administração Interna não se pronuncia sobre procedimentos internos da GNR."
O CM sabe, no entanto, que as palavras que terão levado Pedro Duarte a abandonar o cargo foram proferidas em Portalegre, à margem da gravação de um programa televisivo.
O oficial, de 55 anos, terá dito que existem condições para que a formação de 450 novos guardas arranque já, algo que o Ministério ainda não deliberou. José Lopes, presidente da Associação de Sargentos da GNR, diz que este episódio "afeta o pilar mais importante da GNR, o da formação".
Ainda não se conhece o nome do substituto de Pedro Duarte no cargo.
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