CP paga funeral do maquinista
Comboio acidentado em Galiza segue hoje para Redondela, onde prosseguem as investigações.
O corpo de José Arnaldo Moreira, o maquinista do comboio que descarrilou na sexta-feira de manhã em O Porriño, na Galiza, já pode, do ponto de vista legal, ser trasladado para Portugal, uma vez que a identificação por impressões digitais já foi realizada pelo Laboratório de Polícia Científica da Polícia Judiciária.
Não se sabe ainda se essa trasladação terá lugar hoje ou amanhã, mas sabe-se que o processo foi assumido pela CP, que vai suportar todos os custos do funeral do maquinista, que foi a única vítima mortal portuguesa da tragédia ocorrida na Galiza.
Esta segunda-feira, o comboio acidentado deve ser levado para a estação de Redondela, onde prosseguem as investigações às causas do desastre, lideradas pela Guardia Civil.
Um dado praticamente irrefutável é o de que o comboio circulava a uma velocidade próxima dos 100 km/hora, quase três vezes mais do que o limite para fazer a manobra de mudança de linha. Uma situação, ao que tudo indica, causada por uma falha informática.
As autoridades espanholas continuam a estudar os dados da caixa negra do comboio, assim como todo o sistema de comunicações e as câmaras de vigilância existentes no local. A sinalização da via e o sistema de agulhas também estão a ser alvo de perícias. Entretanto, o presidente do Eixo Atlântico, Ricardo Rio, já disse que este acidente vem "reforçar a necessidade de modernização de toda a linha entre Nine e Vigo".
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