Degola amigo e rouba cão
Português julgado pelo homicídio de homem que o acolheu.
José Agrela vivia há dois anos nas ruas de Chemsford (Essex), mas foi acolhido por Colin Evans, voluntário numa organização que apoia os mais necessitados no Reino Unido. O britânico acabou por ser degolado. O português, nascido há 30 anos na Madeira, foi encontrado pela polícia horas depois da morte a passear o cão da vítima. Vestia as roupas e usava o relógio do homem que o acolheu. E tinha sangue seco numa orelha – os testes de ADN comprovaram que era do homem morto.
O caso ocorreu em setembro e os pormenores do crime foram conhecidos esta semana, na primeira sessão de julgamento.
De acordo com o procurador Martin Mulgrew, os dois homens estiveram a ver televisão até às 21h00, altura em que Colin Evans, de 39 anos, foi para a cama. Pouco depois, José Agrela "foi ao quarto da vítima e cortou-lhe a garganta". "A seguir esfaqueou-o repetidamente."
O corpo do britânico só foi encontrado de manhã.
O português foi descoberto pela polícia 45 minutos depois do alerta, não muito longe do local do crime. Foi preso e está detido desde então. Arrisca pena de prisão perpétua.
Interrogado pelas autoridades britânicas, José Agrela jurou inocência.
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