Desaparece em braço do rio Tejo
Amigo deu o alerta, mas o homem não voltou a ser visto.
Um mariscador de 50 anos desapareceu ontem de manhã num braço do rio Tejo na zona do Barreiro. A vítima, residente no Vale da Amoreira, foi vista pela última vez pelo meio-dia, quando voltava à margem.
O alerta foi dado pelas 12h30, por um amigo da vítima, que vive há mais de 30 anos em Portugal. Atualmente residia no Vale da Amoreira, na Moita.
Segundo o relato deste amigo, os dois homens estavam a regressar a terra, depois de várias horas a apanhar amêijoa – atividade ilegal, mas que continua a atrair centenas de pessoas. O valor por quilo pode chegar aos quatro euros e um mariscador experiente consegue apanhar 15 a 20 quilos por dia. A apanha deste género de bivalves está interdita devido às toxinas, prejudiciais à saúde, que os mesmos absorvem.
Na altura, a maré estava a subir e a vítima já tinha água pelo peito. Segundo o CM apurou, o homem não sabia nadar e o nível da água subiu rapidamente.
A Polícia Marítima envolveu duas embarcações e quase 20 homens nas buscas, mas devido à falta de visibilidade dentro de água nada foi encontrado. A operação incidiu sobretudo no braço do Tejo que fica entre Palhais (Barreiro) e a Siderurgia Nacional, no concelho do Seixal. As buscas, interrompidas ao pôr do sol, serão retomadas hoje de manhã.
Desde 2010, perto de 20 mariscadores perderam a vida na apanha da amêijoa no rio Tejo, segundo dados contabilizados pelo CM.
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