Despedido diretor da CP que se negou a arriscar segurança dos passageiros
José Pontes Correia foi contra decisão de atrasar a manutenção dos rodados das Unidades Triplas Eléctricas (UTE).
A CP – Comboios de Portugal exonerou, no dia 6 de Dezembro, o diretor de material circulante que se mostrou contra um ato de gestão da empresa. José Pontes Correia é contra a decisão de atrasar a manutenção dos rodados das Unidades Triplas Elétricas (UTE), ao aumentar em 300 mil quilómetros o anterior limite de 1,7 milhões. Considera que a segurança dos passageiros é posta em causa.
Segundo o jornal Público, os rodados são levados a vistoria e é decidida a sua substituição ou alteração. Contudo, a manutenção faria com que as carruagens automotoras estivessem paradas durante o Inverno, numa altura em que a CP tem pouco material circulante. Ao prolongar a distância, a vistoria passa para 2020.
As UTE servem o serviço Tomar-Lisboa e os comboios regionais da Beira Alta, Norte, Beira Baixa, e Figueira da Foz-Coimbra. Também substituem os Intercidades para Évora.
Questionada pelo jornal, a CP indica que as alterações foram introduzidas depois de terem "sido alvo de estudo e avaliação prévia, tendo sido também cumpridos todos os requisitos regulamentares determinados para as alterações de natureza técnica ou operacional". A "alteração não coloca em causa a segurança da operação ou dos passageiros", afirma a empresa. Porém, não comentou a exoneração de Pontes Correia.
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