Detetados gastos suspeitos com contas da Ordem dos Enfermeiros. Há fundamentos para dissolver órgãos da entidade
Cartões da ordem usados em compras em lojas de roupa.
A sindicância às contas da Ordem dos Enfermeiros (OE), feita pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), foi entregue à Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária (PJ).
O relatório da sindicância revela que foram feitas várias despesas e levantamentos no multibanco suspeitos, e conclui que há fundamentos para dissolver os órgãos da entidade.
Segundo a IGAS, os cartões de débito e crédito da OE, cuja bastonária é Ana Rita Cavaco, foram usados em gastos duvidosos em restaurantes, cabeleireiros e lojas de roupa.
No total, segundo a amostra referida na sindicância, os cartões foram usados em compras de valor superior a 6700 euros "em entidades que aparentemente não têm correlação com as atividades e finalidades da Ordem."
Em resposta à IGAS, a bastonária da OE disse que estas despesas estão relacionadas "com atividades da OE em Portugal e no estrangeiro, todas validadas pela conferência e controlo de custos, bem como a aquisição de bens relacionados com o exercício de funções." Para a IGAS, os gastos indiciam "o aproveitamento de vantagem patrimonial à custa do erário da OE."
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