Detido no Algarve suspeito de grupo internacional que branqueava dinheiro em Portugal

Homem utilizava várias identidades falsas e procedeu à constituição de inúmeras sociedades de direito português, através das quais realizou a abertura de múltiplas contas bancárias.

05 de setembro de 2025 às 10:34
PJ Foto: Sérgio Lemos
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Um homem ficou em prisão preventiva depois de ser detido na quarta-feira em Vilamoura, no Algarve, por suspeitas de pertencer a um grupo internacional que branqueava dinheiro no sistema financeiro português, informou esta sexta-feira a Polícia Judiciária (PJ).

"A PJ deteve esta quarta-feira, em Vilamoura, um homem de 35 anos, na sequência de mandado emitido pelo Ministério Público de Faro, no âmbito de uma investigação em curso a um grupo, que se dedica à prática do branqueamento de proventos ilícitos, utilizando para o efeito o sistema financeiro português", afirma esta polícia em comunicado.

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Segundo a autoridade responsável pela investigação criminal, trata-se de um homem que utilizando várias identidades falsas, procedeu à constituição de inúmeras sociedades de direito português, através das quais realizou a abertura de múltiplas contas bancárias, em diversas instituições de crédito nacionais.

O suspeito "colocou, circulou e veio a integrar na sua esfera patrimonial, um volume significativo de fundos, em montante superior a 500 mil euros", de acordo com a nota.

Ainda segundo a PJ, a investigação, que é liderada pela Diretoria do Sul da PJ, apurou que o grupo tem ligação a diversos países europeus, nomeadamente, Bélgica, Espanha, Itália e França.

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Este grupo, com recurso à criação e utilização de documentos de identificação e passaportes falsos, constituía sociedades de "fachada" e abria centenas de contas bancárias "world wide", através das quais eram efetuadas as ações de branqueamento dos montantes ilícitos provenientes de crimes de burlas informáticas, segundo o comunicado.

O detido foi presente às autoridades judiciárias para um primeiro interrogatório judicial, tendo ficado sujeito a prisão preventiva, tendo a direção do inquérito ficado a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) em Faro, informa a Judiciária.

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