Chefe da PSP é um dos detidos do grupo de extrema-direita Movimento Armilar Lusitano
Suspeitos estão indiciados por crimes relacionados com atividades terroristas, discriminação e incitamento ao ódio.
Seis membros do Movimento Armilar Lusitano, um movimento de extrema-direita, foram detidos pela Polícia Judiciária (PJ) por crimes relacionados com atividades terroristas e discriminação, anunciou a autoridade, esta terça-feira.
O CM sabe que um dos detidos é um chefe da PSP em comissão de serviço na Polícia Municipal de Lisboa. Tem entre 40 e 45 anos e será presente a juíza esta terça-feira assim como os outros cinco elementos do grupo.
As autoridades emitiram 15 mandados de busca e apreensão, domiciliárias e não domiciliárias, que culminaram na detenção de seis pessoas indiciadas pelos crimes relacionados com atividades terroristas, discriminação, incitamento ao ódio e à violência e detenção de arma proibida. Os suspeitos estão também indiciados pela prática de crimes de infrações terroristas e alteração violenta do Estado de direito.
Foi ainda apreendido material explosivo de vários tipos, várias armas de fogo, algumas produzidas com tecnologia 3D, várias impressoras 3D, várias dezenas de munições, várias armas brancas e material informático.
A PJ começou a investigar o grupo devido à deteção de manifestações de ideologias nacionalistas e de extrema-direita radical e violenta, nas redes sociais, que incentivam à discriminação, ao ódio e à violência contra imigrantes e refugiados. A investigação desenvolvida pela Unidade Nacional Contra Terrorismo desencadeou a operação "Desarme 3D".
Os detidos serão membros do grupo extremista Movimento Armilar Lusitano (MAL), que pretende formar-se como movimento político, apoiado numa milícia armada.
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