Enfermeiro nega abusos a doentes

Mário Dominguez disse estar a ser alvo de uma armadilha e garantiu que nunca sujeitou pacientes a atos sexuais. Vítima confirmou ter sido atacada.

04 de abril de 2014 às 16:26
Norte, Porto, Crime, Enfermeiro, Abuso Foto: Rafaela Cadilhe
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Durante mais de uma hora, Mário Dominguez refutou ontem todas as acusações diante do coletivo de juízes do Tribunal de S. João Novo, no Porto. O enfermeiro do Hospital de Santo António negou ter abusado de três doentes que estavam aos seus cuidados entre 2007 e 2012. Disse que tudo o que as vítimas contaram era mentira e que estava a ser alvo de uma armadilha.

O arguido, de 37 anos, descreveu detalhadamente os atos de enfermagem que realizou às vítimas. Contou que lhes tocou no corpo, mas garantiu que nunca o fez de forma imprópria e muito menos com intuito sexual.

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Os juízes ouviram, também na sessão de ontem, a primeira vítima do arguido, que à data dos factos tinha 17 anos. A jovem confirmou que foi abusada sexualmente. Esta vítima pede uma indemnização de um total de 15 mil euros a Mário Dominguez e ao hospital. Alega que a unidade de saúde tentou ocultar os abusos e que nunca comunicou o caso à Polícia Judiciária do Porto.

Após esta primeira situação, o Hospital de Santo António abriu um processo disciplinar ao arguido, que foi arquivado. Ontem, o enfermeiro disse que nunca chegou a conhecer o teor desta queixa contra si.

Só em 2011, após ter atacado a segunda vítima, uma mulher de 35 anos - que também pede 15 mil euros - é que a unidade o terá confrontado com as suspeitas de abusos.

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O julgamento, que decorre à porta fechada, tem continuação marcada para o dia 10. O arguido está sujeito a apresentações e suspenso de funções.

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