Escoltam reclusos só com telemóveis

Só a cadeia de Linhó e o GISP têm rádios para alertas.

22 de maio de 2017 às 08:29
prisão, grades, recluso Foto: Tiago Sousa Dias
prisão, grades, cela, mãos Foto: Getty Images

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Quase nenhuma das 49 cadeias do País tem equipamento para usar em caso de alerta, designadamente rádio, quando escoltam reclusos em carrinhas celulares por estrada. A denúncia é do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), segundo o qual só a cadeia do Linhó e os dois esquadrões do Grupo de Intervenção dos Serviços Prisionais têm estes equipamentos de alerta, fundamentais para pedir ajuda às outras forças de segurança.

Segundo Jorge Alves, presidente do SNCGP, este facto obriga os guardas a usarem os telemóveis pessoais. Foi isso que aconteceu, refere o dirigente, aos dois guardas da cadeia de Sintra que na quarta-feira foram ameaçados com uma pistola por dois homens em pleno IC19, quando levavam reclusos a tribunal e a um hospital.

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"Não havia rádio transmissor ligado ao sistema SIRESP (sistema de comunicações de alerta que liga todas as entidades policiais e de proteção civil do País) dentro da carrinha de transporte de detidos. Por isso, o pedido de apoio foi feito através do telemóvel de um dos guardas para o número 112. Só assim foi possível que a PSP, e depois mais guardas, escoltassem a carrinha vinda de Sintra", concretizou Jorge Alves.

Esta é uma situação que, explica o presidente do SNCGP, acontece em pelo menos 48 das 49 cadeias nacionais.

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Contactada pelo CM, a Direção-Geral dos Serviços Prisionais esclarece que "está a decorrer um processo de aquisição" de rádios.

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