Espera operação há duas semanas

Otília Biló, assistente operacional da Câmara de Albufeira, sofreu uma fratura na zona do ombro no passado dia 4, após uma queda na escola onde trabalha. Acionou o seguro da autarquia e chegou a ter uma cirurgia marcada, mas ainda não foi operada porque, segundo acusa, falta a autorização da seguradora.

"Não se admite que esteja há duas semanas com o braço partido. Isto é uma coisa do terceiro mundo", afirma Isidoro Biló, marido da vítima, adiantando que "alguém é responsável por isto." Agora, admite "levar o caso a tribunal para que não aconteça com outras pessoas".

"Não consigo fazer as coisas de casa e nem sequer vestir-me. À noite, com dores, acabo por não aguentar deitada na cama e durmo no sofá", lamenta Otília Biló, que receia "ficar com sequelas" devido à espera pelo tratamento.

Segundo o relatório médico, sofreu uma "fratura proximal do úmero direito." Chegou a ter "cirurgia agendada para o dia 8", mas, segundo Otília Biló, "não recebeu autorização da seguradora." O ortopedista que tem acompanhado o caso questiona agora "a validade e eficácia da cirurgia proposta, devido ao tempo decorrido", revela o relatório. É que, duas semana após a fratura, "já existe um calo ósseo primário que dificulta a cirurgia e a eficácia da mesma."

O CM tentou, sem sucesso, contactar a seguradora Açoreana. Fonte da autarquia revelou que Otília já foi convocada para ir a uma unidade hospitalar particular no dia 20, o que foi confirmado pelo marido.