“Espero ter força para o enfrentar”

Anabela teme reencontro com o agressor em tribunal.

14 de janeiro de 2017 às 01:45
Anabela Lopes Foto: Direitos Reservados
Anabela Lopes Foto: Hugo Rainho
Anabela Lopes, Grândola, PJ, Paulo Roque, Laboratório de Polícia Científica Foto: Hugo Rainho
Anabela Lopes e a amiga Jacinta Laje Foto: Hugo Rainho
Anabela Lopes Foto: Direitos Reservados
Anabela Lopes, família Foto: Direitos Reservados

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"Tentava pensar que ainda ia voltar a ver os meus filhos. E os amigos e a família do coração", conta ao CM Anabela Lopes, de lágrimas nos olhos, recordando como suportou os momentos mais negros durante os cinco dias em que esteve sequestrada por Paulo Roque.

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A mulher de 37 anos, que chegou a pensar que "ia morrer" às mãos do ex-companheiro, que violentamente a agrediu e violou, tentou ainda assim acreditar que a sua história podia ter um final feliz. "Eu sabia que havia pessoas que não se iam esquecer de mim e que iam fazer por me achar. Isso foi muito importante para não perder a esperança", conta, ainda física e emocionalmente debilitada.

A tentar regressar à normalidade, Anabela admite, no entanto, que não sabe como vai reagir se tiver que enfrentar Paulo Roque em tribunal, e recordar os momentos de terror que viveu, desde que o homem a raptou, a 1 de janeiro, até que as autoridades a resgataram, quando ele já se preparava para lhe tirar a vida, estrangulando-a com uma abraçadeira de plástico. "Não sei se estou preparada. Logo se verá...", diz Anabela.

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Acredita que a atenção mediática do seu desaparecimento ajudou a que fosse encontrada com vida. Internada em estado grave no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, teve uma recuperação que surpreendeu médicos e amigos, e regressou à aldeia de Azinheira dos Barros, em Grândola, quarta-feira à noite, mas vai continuar a receber apoio psicológico da APAV. "Vai com o tempo. Com calma e tratamento hei de ultrapassar".

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