Falso peditório para cancro rende 1 milhão

Contactavam telefonicamente as vítimas e usavam o nome de instituições conhecidas.

29 de junho de 2017 às 09:11
Os três detidos, acusados de burla agravada e associação criminosa, são hoje presentes no Tribunal de Famalicão Foto: Mafalda Cadilhe
Polícia apreendeu material diverso Foto: Direitos Reservados

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Usavam o nome de instituições de solidariedade conhecidas e pediam dinheiro para crianças com cancro que não existiam. Desta forma, ao longo de mais de seis anos, burlaram quase três mil pessoas em mais de um milhão de euros.

O esquema de falsos peditórios foi investigado pela PSP ao longo de mais de seis meses e culminou ontem com a detenção de dois homens, de 68 e 40 anos, e uma mulher de 35. O mais velho é um antigo funcionário dos serviços municipalizados de água e saneamento da autarquia famalicense.

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O esquema montado por este trio implicava ainda a contratação temporária de diversas pessoas, quase sempre jovens raparigas, que faziam os telefonemas e recolhiam os donativos.

As vítimas eram contactadas por telefone, a quem era contada a história de determinada associação que estava a ajudar uma criança de famílias pobres e que precisava de dinheiro para tratamentos caros, em Portugal ou no estrangeiro. As pessoas acreditavam com facilidade e acertavam de imediato a entrega da quantia combinada.

Muitas das pessoas burladas residem na região do Minho, mas, segundo as centenas de fichas apreendidas pela PSP, há vítimas das mais diversas regiões do continente e da ilha da Madeira.

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Os arguidos, que são acusados da prática dos crimes de burla agravada e associação criminosa, são hoje presentes ao juiz de instrução criminal do Tribunal de Famalicão.

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