Falso padre Caridade diz-se "arrependido"
Agostinho Caridade confessa arrependimento pelos seus "erros".
Diz-se "de rastos" com a condenação a 14 anos de cadeia e, por isso, numa carta enviada ao Correio da Manhã, Agostinho Caridade - conhecido como o falso padre de Barcelos - diz que vai recorrer da decisão da Justiça. Garante que sempre colaborou com os tribunais "na procura da verdade" e refere que assumiu os seus erros. "Pedi perdão por esses atos e o meu arrependimento é total", sublinha na missiva.
Preso desde 2013, em Paços de Ferreira, Agostinho Caridade foi condenado em fevereiro, pelo Tribunal de Aveiro, a 14 anos de prisão, num cúmulo jurídico que abrange sete processos relativos a 22 crimes de usurpação de funções, furto, burla e falsificação de documento, entre 2007 e 2013.
Na extensa carta que dirigiu ao CM, o falso padre de Barcelos indica que, durante anos, foi "julgado na praça pública como se fosse um criminoso". Garante que a maior parte das notícias publicadas sobre si e a sua família não passa de "acusações infundadas". Acusa ainda outros padres de o terem traído.
"Mentiras, calúnias, ódios, rancores e vinganças, todas perpetradas por vários padres e com consentimento dos bispos", acusa.
Agostinho Caridade fez-se passar por padre durante vários anos. Celebrou missas, casamentos e batizados em várias igrejas, inclusive na Sé de Braga.
Na carta diz ainda que escreveu ao papa Francisco a pedir perdão "pelos atos criminosos, como todo o percurso de vida até ser preso".
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