Família de idoso desaparecido em Azeitão mantém esperança
Filha vai pedir à GNR novas buscas com cães pisteiros na zona do desaparecimento.
"Três semanas sem notícias leva a crer que algo de ruim aconteceu, mas continuamos a acreditar", disse este domingo ao CM Sara Marinho, filha de João Marinho, desaparecido em Azeitão desde o dia 9 de junho. "O final já não será muito feliz porque começa a ser muito tempo, mas a pior das notícias ainda não chegou", acrescentou.
Sara também recorreu às redes sociais. "No vigésimo primeiro dia: três semanas sem nada saber." Uma espécie de grito desesperado, perante a falta de indícios que levem à descoberta do que aconteceu ao homem de 73 anos, que saiu de casa há 21 dias e nunca mais voltou a ser visto.
Sara Marinho admite que a família mantém a esperança, mas o passar dos dias faz temer o pior. No sábado, voltou à GNR na tentativa de falar com o comandante de posto. Em vão. Queria sugerir novas buscas com cães pisteiros na zona do desaparecimento, à semelhança do que foi feito 24 horas depois do alerta.
"Se ele estiver caído, após ter-se sentido mal, e passados tantos dias, os cães pisteiros poderão detetar odor a cadáver, por exemplo. Volto na segunda-feira à GNR para propor isso. Não sei se será possível, dado que não há nada que garanta que foi isso que aconteceu, mas vou tentar."
As buscas no terreno – que chegaram a mobilizar dezenas de elementos da GNR, bombeiro, amigos e familiares – revelaram-se infrutíferas e até o alegado avistamento na zona de Alcochete acabou por levar a um beco sem saída. Têm existido novos avistamentos, mas nenhum se confirmou.
Na última semana, já com a PJ de Setúbal no terreno, foi afastada a tese de fuga voluntária. As perícias ao computador e ao telemóvel de João Marinho eliminaram essa hipótese ao não revelarem nada fora do normal.
O caso continua sob investigação da Polícia Judiciária.
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