Fecho da pista secundária no aeroporto de Lisboa permitirá responder à TAP

CEO da ANA referiu que os planos, até à ampliação da capacidade aeroportuária de Lisboa, passam pela "eficiência operacional".

26 de setembro de 2018 às 11:56
Aeroporto de Lisboa, xxx Foto: Getty Images
Aeroporto de Lisboa Foto: Getty Images
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A ANA - Aeroportos de Portugal informou esta quarta-feira que o encerramento da pista secundária do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, permitirá vários investimentos para dar resposta, por exemplo, aos novos aviões da transportadora aérea TAP.

Aos deputados da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, o presidente da Comissão Executiva da ANA, Thierry Ligonnière, referiu que o "fecho definitivo" da pista 17/35 é uma decisão do Estado e que um relatório do Eurocontrol garante que a infraestrutura fica com um "nível igual ou melhor" de segurança.

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Esse encerramento iria permitir mais posições de estacionamento, negociar com a Força Aérea a recolocação do Aeródromo de Trânsito n.º 1 (AT1, habitualmente designado como base de Figo Maduro) "no outro lado da pista" e fazer estender o terminal 1, disse.

"Estes investimentos podem ser feitos assim que a pista estiver fechada e dar resposta às encomendas de novos aviões que a TAP tem mencionado", afirmou.

O presidente executivo (CEO) referiu ainda que os planos da ANA, até à ampliação da capacidade aeroportuária de Lisboa, passam pela "eficiência operacional" e trabalho com as companhias aéreas, sobretudo com a TAP, dado o seu "peso muito relevante", para "assegura uma melhor pontualidade, que é um garante de qualidade".

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O responsável recordou o recente investimento de 11 milhões de euros numa nova zona de 'check in'.

Às questões sobre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), alvo de críticas devido a longas filas para verificação de passaportes, o responsável indicou estar declarada a capacidade da ANA em "função das 'boxes' e não das pessoas que estão dentro das 'boxes'".

"O trabalho a realizar é a nível dos operadores que estão dentro das 'boxes', nos momentos certos, mais do que uma questão de infraestrutura", considerou.

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Sobre as taxas cobradas, Ligonnière informou que por "razões comerciais" a ANA decidiu fazer a "evolução das taxas abaixo dos seus direitos contratuais". "12% abaixo" do máximo estipulado, precisou.

A audição desta manhã surgiu na sequência de um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) sobre a situação da transportadora aérea Ryanair.

O CEO respondeu que a ANA não tem "responsabilidade, nem poder de fiscalização social", e que forneceu os dados solicitados pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), na sequência de várias denúncias de substituição de trabalhadores grevistas.

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