Ficam em liberdade os oito detidos na Madeira no âmbito da operação "AB INITIO"
Em causa estão suspeitas de criminalidade económica e financeira.
Os oito detidos na Madeira no âmbito da operação "AB INITIO", relacionada com suspeitas de criminalidade económica e financeira, ficaram em liberdade e sujeitos a medidas de coação menos gravosas por determinação da juíza do Tribunal de Instrução Criminal, informou fonte ligada ao processo.
Segundo o advogado João Nabais, defensor do presidente da Câmara Municipal da Calheta e da Associação de Municípios da Madeira, Carlos Teles, os oito arguidos ficam sujeitos ao Termo de Identidade de Residência (TIR), proibição de contacto com os demais arguidos e obrigação de pedir autorização ao tribunal para se ausentarem da região, mas sem privação do passaporte.
Ao presidente do conselho consultivo do Instituto da Administração da Saúde da Madeira (Iasaúde), Bruno Freitas, acresce a suspensão do cargo público que desempenha.
Além de Carlos Teles e Bruno Freitas, foram detidos o antigo secretário regional da Agricultura Humberto Vasconcelos, bem como Humberto Drumond e Miguel Nóbrega, sócios da Dupla DP, uma agência de comunicação, publicidade e marketing, o ex-diretor regional da Agricultura Paulo Santos e duas funcionárias públicas.
O secretário-geral do PSD/Madeira, José Prada, foi também constituído arguido.
As medidas de coação defendidas pelo Ministério Público variavam entre a prisão preventiva para o empresário Humberto Drummond, caução de 25 mil euros para outros dois arguidos, incluindo o autarca da Calheta, e a entrega do passaporte e proibição de trabalho para quatro arguidos.
A Polícia Judiciária desenvolveu na terça-feira uma operação que visou a execução de mandados de detenção e de busca domiciliária e não domiciliária, no âmbito deste processo. Duas das buscas foram efetuadas em sedes de municípios e quatro em secretarias regionais.
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