Filho degola mãe e rega-a com ácido em Lagoa
Pedida condenação apesar de poder ser inimputável.
Sereno e quase ausente, Louis Yates, de 30 anos, ouviu esta quarta-feira o Ministério Público (MP) pedir a sua condenação, no Tribunal de Portimão, pelo homicídio qualificado da mãe, Christine Yates, de 68, no dia 4 de agosto de 2018, na casa onde viviam, na Caramujeira, Lagoa. O inglês degolou a mãe e regou-a com ácido.
A acusação dava o arguido desde logo como inimputável, pois - conforme foi esta quarta-feira confirmado por dois médicos que o trataram - sofre de esquizofrenia paranoide. O MP entendeu, contudo, nas alegações finais, deixar ao critério do coletivo a decisão sobre se Louis Yates - que se encontra em regime de internamento preventivo no Hospital Prisional São João de Deus, em Caxias - é ou não imputável.
O inglês disse que tinha matado a mãe porque ela lhe "andava a dar drogas e o Diabo" o tinha "mandado matá-la". E regou-a com ácido a mando de "agentes da CIA".
PORMENORES
Confessou tudo
Em tribunal, o arguido confessou ter agredido a mãe a murro e pontapé, na cabeça, face, peito, pernas e braços. Com facas de cozinha e um serrote, golpeou-a no pescoço, queixo e mão. Arrastou-a para o exterior da casa e regou-a com ácido.
Herança
O advogado que representa o irmão de Louis requereu ao Tribunal que declare a "indignidade sucessória" do arguido. Já a defesa deste frisou que tal "não pode ser aqui apreciado", nem o pedido de indemnização, pois, defendeu Louis, "é inimputável".
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