Fogo na prisão lançou o pânico
Um recluso incendiou a cela e lançou o pânico, anteontem à noite, na ala de segurança da Cadeia Central do Norte, em Paços de Ferreira.
O único guarda prisional de vigilância naquele pavilhão teve de abrir as celas de dez presos – todos considerados perigosos – para impedir que ficassem feridos.
Ainda assim, um deles e o guarda prisional – que continuava ontem internado – foram assistidos pelo INEM e transportados para o Hospital Padre Américo, Penafiel, por intoxicação.
O incêndio teve início pelas 22h30 e foi deflagrado por um dos reclusos que se protegeu debaixo do chuveiro. Devido ao intenso fumo, o guarda abriu as dez celas individuais e permitiu a saída dos presos para o pátio. Entre eles, estava um elemento do ‘gang de Valbom’ e alguns reclusos já condenados por terem fugido da cadeia.
Para o presidente do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, este caso prova a falta de guardas prisionais nas cadeias. "O guarda estava sozinho num pavilhão grande. O número é inferior ao necessário", refere o sindicalista, que lidera uma greve – sem influência nesta situação – prevista até terça-feira. Jorge Alves confessa temer eventuais sequestros de guardas em casos deste género.
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