Fugas de ar impedem retirada de draga virada em Olhão
Há mais de um mês que tentam remover embarcação que se virou ao largo da Armona.
Desde que a draga 'Brasinhi', de mais de 80 metros, se virou na madrugada de 16 de janeiro - fazendo quatro feridos sem gravidade -, na barra do Lavajo, ao largo da ilha da Armona, em Olhão, que se adivinhava que os trabalhos de remoção da embarcação iriam ser complicados. A pouca profundidade do local, que deixa parte do navio fora de água, aliada às 'monstruosas' 450 toneladas de peso e agora às fugas nos tanques de ar - que deveriam ajudar à flutuação - têm impedido que seja removida. Para dificultar mais os trabalhos, a forte ondulação prevista para a próxima semana vai obrigar a suspender a operação.
"Estamos a tentar tapar as fugas dos tanques de ar que existem à volta da embarcação, que ajudam a suportar o peso do navio, mas tem sido complicado", realça ao CM o capitão do Porto de Olhão, Nunes Ferreira, que supervisiona os trabalhos a cargo de uma empresa privada contratada pelo proprietário da draga. Atualmente existem, dentro da embarcação, balões suficientes para dar uma impulsão de 250 toneladas para ajudar à reflutuação, mas têm-se revelado insuficientes. O próximo passo é aumentar essa capacidade para as 400 toneladas mas, devido à forte ondulação prevista para a semana, os trabalhos vão estar suspensos até ser restabelecida a normalidade.
Uma das grandes preocupações da Autoridade Marítima é o tráfego naquele local, uma vez que a draga está virada no meio da entrada da barra do Lavajo.
"Temos tido atenção a essa situação, até porque podem entrar barcos que não conhecem o local. Mas está sinalizado e foi feito um aviso à navegação", diz ainda Nunes Ferreira.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt