Fugas de ar impedem retirada de draga virada em Olhão

Há mais de um mês que tentam remover embarcação que se virou ao largo da Armona.

25 de fevereiro de 2018 às 09:53
Embarcação virou-se ao largo da ilha da Armona Foto: Direitos Reservados
Embarcação virou-se ao largo da ilha da Armona Foto: Lusa

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Desde que a draga 'Brasinhi', de mais de 80 metros, se virou na madrugada de 16 de janeiro - fazendo quatro feridos sem gravidade -, na barra do Lavajo, ao largo da ilha da Armona, em Olhão, que se adivinhava que os trabalhos de remoção da embarcação iriam ser complicados. A pouca profundidade do local, que deixa parte do navio fora de água, aliada às 'monstruosas' 450 toneladas de peso e agora às fugas nos tanques de ar - que deveriam ajudar à flutuação - têm impedido que seja removida. Para dificultar mais os trabalhos, a forte ondulação prevista para a próxima semana vai obrigar a suspender a operação.

"Estamos a tentar tapar as fugas dos tanques de ar que existem à volta da embarcação, que ajudam a suportar o peso do navio, mas tem sido complicado", realça ao CM o capitão do Porto de Olhão, Nunes Ferreira, que supervisiona os trabalhos a cargo de uma empresa privada contratada pelo proprietário da draga. Atualmente existem, dentro da embarcação, balões suficientes para dar uma impulsão de 250 toneladas para ajudar à reflutuação, mas têm-se revelado insuficientes. O próximo passo é aumentar essa capacidade para as 400 toneladas mas, devido à forte ondulação prevista para a semana, os trabalhos vão estar suspensos até ser restabelecida a normalidade.

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Uma das grandes preocupações da Autoridade Marítima é o tráfego naquele local, uma vez que a draga está virada no meio da entrada da barra do Lavajo.

"Temos tido atenção a essa situação, até porque podem entrar barcos que não conhecem o local. Mas está sinalizado e foi feito um aviso à navegação", diz ainda Nunes Ferreira.

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