Fundo do Aleixo aguarda luz verde do regulador

Obra para realojar moradores arranca dentro de semanas.

17 de outubro de 2018 às 01:30
Duas das cinco torres do bairro do Aleixo foram demolidas durante o mandato do social-democrata Rui Rio Foto: Eduardo Martins
Duas das cinco torres do bairro do Aleixo foram demolidas durante o mandato do social-democrata Rui Rio Foto: Nuno Fernandes Veiga
Duas das cinco torres do bairro do Aleixo foram demolidas durante o mandato do social-democrata Rui Rio Foto: Rafaela Cadilhe

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Depois de Rui Moreira ter garantido, em setembro, que a Câmara do Porto vai realojar os 270 moradores do bairro do Aleixo em seis meses, soube-se ontem, na reunião do executivo, que as primeiras construções, na travessa de Salgueiros, estarão no terreno até ao início de novembro.

Pedro Santos, diretor municipal de Finanças, indicou também que a Mota-Engil, um dos acionistas do fundo imobiliário destinado à demolição do bairro, apresentou a garantia bancária necessária para a mudança de mãos da Gesfimo - antigo grupo Espírito Santo - para a Fundbox.

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"Essa obrigação está cumprida. Agora, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários [regulador do mercado de capitais] tem de aceitar o endosso da posição contratual", indicou o autarca Rui Moreira. A entidade terá 45 dias para se pronunciar.

A oposição critica a demora de todo o processo. Manuel Pizarro (PS) manifesta "grandes dúvidas sobre uma sociedade que levou dois anos a apresentar uma garantia bancária". "Não estou nada solidário nem tranquilo com a decisão de ter escolhido aquela sociedade para gestora do fundo", afirmou. "Todo este processo leva demasiados atrasos. Pelo menos que sirva de ensinamento para o futuro. Não está nestes fundos a solução para a cidade. Certamente que, se a câmara tomasse o problema nas suas mãos, estaria resolvido", disse Ilda Figueiredo (CDU).

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O fundo imobiliário do Aleixo foi criado em 2009 e levou à demolição de duas das cinco torres do bairro, durante o mandato do social-democrata Rui Rio. Já Rui Moreira anunciou que as três torres que restam só seriam demolidas quando os privados que integram o fundo cumprissem o compromisso de construir habitação social para realojar os moradores.

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