Funeral marcado pela dor
A capela das Almas, em Cerva, Ribeira de Pena, foi pequena para acolher as três centenas de pessoas que participaram no funeral da pequena Regina Moura, a criança de onze anos de Alvite, que morreu, acidentalmente, com uma faca espetada no coração.
No último adeus, foram visíveis os sinais de dor de todos os presentes, entre eles muitas crianças, principalmente, colegas da menina. Bruna Moura, de 11 anos, recorda Regina, com quem andou desde o infantário. Com a voz embargada pela emoção e algumas lágrimas, contou ao CM, que "ela era simpática e amiga, gostava de jogar à bola e quando fosse grande dizia que queria ser pediatra".
Bruna soube do que aconteceu à amiga "por sms", mas os seus pais contaram ao Correio da Manhã, que " tentaram prepará-la, tentando adiar a notícia. "Chorou horas a fio. Só ficou mais calma, já na Capela das Almas, depois de falar com a Daniela, a irmã gémea deRegina".Ambas iam, este ano, frequentar juntas o 6º A com a vítima, na Escola Preparatória de Cerva.
Os pais de Regina não arredaram pé da pequena urna e quando o padre Joaquim Albertino Costa encerrou a homília ouviram-se novamente os seus gritos de dor no interior da capela. O cortejo fúnebre percorreu cerca de 800 metros até ao cemitério e tinha à cabeça um grupo de mais trinta crianças.
PORMENORES
CORTAVA UM MELÃO
O acidente que vitimou a criança tem contornos quase surreais. A menina estava com o pai, que lhe pediu que cortasse uma fatia de melão. O pequeno canivete escorregou e atingiu a criança no coração.
SOCORRO INÚTIL
Os pais assistiram ao acidente e tentaram socorrer a criança, que desfaleceu no colo do progenitor, acabando por morrer no hospital. O socorro foi inútil.
CHOQUE NA ALDEIA
O estado de choque era, ontem, o sentimento dominante na pequena aldeia. O acidente aconteceu no domingo
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