Garantiam que morto estava só escondido
Família do homicida diz que namorada é que dava ordens.
Os quatro suspeitos envolvidos na morte de Tiago Conchacha, de 15 anos, garantiram durante mais de três meses que o jovem estava vivo e que se encontrava bem. Quando eram questionados sobre o paradeiro da vítima, por colegas da Escola de Artes e Ofícios de Chaves – local de onde o menor fugiu em agosto do ano passado -, garantiam que Tiago apenas estava escondido, pois tinha medo que o forçassem a regressar para a instituição. O jovem estava, no entanto, morto desde outubro.
Os colegas da vítima apenas souberam a verdade na quarta-feira, quando a Polícia Judiciária deteve Miguel Brito, de 19 anos, e a namorada Patrícia Mendes, de 31, por assassinarem o menor à pancada. Um outro rapaz, de 15 anos, que também vivia na instituição e a filha de Patrícia, de 12 anos, foram identificados por ajudarem a enterrar e queimar o corpo de Tiago. Esta menor foi já retirada pela Segurança Social ao pai.
A família de Miguel Brito defende agora que o jovem cometeu o crime a mando da namorada. Dizem que esta manipulava Miguel e lhe dava ordens. Iniciaram uma relação quando o suspeito tinha 17 anos.
"Ela é que o levou para o mundo do crime. Antes de a conhecer, ele não se metia em problemas. Tentou acabar a relação muitas vezes até porque ela era casada, mas voltavam sempre", contou um familiar do jovem. Miguel imitou o crime praticado pelo irmão Emanuel, que, em dezembro de 2013, matou e enterrou a cunhada na Régua.
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