GNR encontrou toneladas de amianto num terreno de um estaleiro na Madeira

Segundo a GNR, "foram constituídos arguidos o proprietário, um homem de 68 anos, e a empresa responsável por depositar e enterrar o amianto, por poluição".

01 de julho de 2021 às 15:57
gnr xx Foto: CMTV
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A estrutura de investigação criminal da Guarda Nacional Republicana (GNR) na Madeira encontrou várias toneladas de amianto num terreno de um estaleiro localizado em São Vicente, no norte da ilha, foi esta quinta-feira anunciado.

"O Comando Territorial da Madeira, através da estrutura de investigação criminal, quarta-feira, dia 30 de junho, detetou um crime de poluição, no concelho de São Vicente, na ilha da Madeira", lê-se na informação divulgada hoje pela GNR.

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No documento é referido que os militares da GNR "deram cumprimento a um mandado de busca num terreno adjacente a um estaleiro" naquele concelho da zona norte.

No decorrer desta investigação encontraram "concentradas várias toneladas de amianto", indica.

A nota adianta que "foram recolhidas amostras para análise, sendo que posteriormente os resíduos serão retirados e encaminhados para local de tratamento adequado, evitando e minorando o risco de contaminação do solo".

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Segundo a GNR, "foram constituídos arguidos o proprietário, um homem de 68 anos, e a empresa responsável por depositar e enterrar o amianto, por poluição".

A GNR complementa que os factos apurados foram remetidos para o Tribunal Judicial da Madeira e a ação teve o reforço do Núcleo de Proteção do Ambiente (NPA).

Na informação, a GNR explica que "o amianto é uma fibra natural proveniente de vários minerais e a sua perigosidade para a saúde reside na inalação das suas fibras".

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Acrescenta que "a presença de amianto num edifício não constitui, por si só, um risco para a saúde", apontando que "o perigo está associado à danificação de materiais que o contêm, pelo potencial de libertação de fibras, inalação e posterior alojamento nos pulmões".

A GNR ainda faz um apelo visando que sejam feitas as devidas diligências para que a remoção, transporte e armazenamento dos materiais com amianto seja "feita por especialistas, obedecendo a um conjunto de requisitos obrigatórios".

"Em caso de dúvida, sugere-se a consulta do site da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) para obtenção da lista de operadores de gestão de resíduos licenciados para o tratamento" deste tipo de resíduos, conclui.

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