GNR formou estagiários que não vai contratar
323 militares foram formados, mas só há vaga para 300.
23 dos 323 instruendos do Curso de Formação de Guardas vão ter de entregar a farda e abandonar o estágio a dias de o concluírem.
Os jovens concluíram o curso com aproveitamento, mas o número de vagas fixado em setembro pela Administração Interna e pelo Ministério das Finanças apenas garante entrada a 300 pessoas.
A situação está a ser denunciada, esta quinta-feira, pela Associação dos Profissionais da Guarda, que, numa nota de imprensa, diz que "o Comando-Geral da Guarda andou quase um ano a manter as expectativas destes 23 instruendos, utilizando-os como estagiários, todos no suposto reforço de Verão ao Algarve". Tudo "a custos reduzidos", pois os estagiários "auferiram cerca de 580 euros mensais".
"A APG/GNR repudia, em absoluto, esta situação, de legalidade duvidosa, pois o Comando da Guarda, quase um ano depois de saber que 23 instruendos ficariam fora da Instituição, optou por não cumprir o preceituado no despacho conjunto e utilizar esses elementos como se essa determinação não existisse", é dito na missiva.
"São 23 elementos formados para o contexto policial, às expensas do erário público, do dinheiro dos contribuintes e que foram tratados como números, não como cidadãos com direito à dignidade", assegura a associação, que exige a responsabilização de alguém para esta "situação inadmissível".
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