Golpe na carótida mata empresário

Os motivos do crime estão longe de ser claros. Os inspectores da Polícia Judiciária do Porto, que à noite se encontravam no local, admitiam que na origem do homicídio poderia estar um assalto. A vítima tinha por hábito andar com grandes quantias em dinheiro e ostentava bastante ouro. Também tinha outro hábito perigoso: entre as 17h00 e as 19h00 costumava estar sozinho nos escritórios da empresa. Era o horário que mediava entre dois turnos no estabelecimento, mas David aproveitava a acalmia para tratar de assuntos burocráticos.

A violência do homicídio está também espelhada no cenário encontrado pelos investigadores. O escritório estava cheio de sangue, o homem tinha ferimentos no braço que aparentam ter sido provocados pelos confrontos com o(s) homicida(s).

O crime foi descoberto pelas 18h45. David ainda fugiu por um compartimento das traseiras, com acesso a um armazém, até ao portão. Um motorista que ia descarregar material viu-o a correr e pediu socorro.

A mulher da vítima chegou pouco tempo depois ao local. Avisada para o homicídio, estava em estado de choque e teve de ser acalmada pelos militares da GNR. Chorava, gritava, recusava acreditar na tragédia. Foi apoiada e acompanhada depois para casa. Nada mais havia a fazer.