Governo dá 50 milhões de euros para 40 meios aéreos

Ministro admite que Estado tenha de recorrer a ajuste direto.

07 de março de 2018 às 08:45
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Foram mobilizadas duas dezenas de meios aéreos que ajudaram no combate aos fogos Foto: Paulo Cunha / Lusa

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O Governo português lançou um concurso urgente de quase 50 milhões de euros para o aluguer de 40 meios aéreos de combate aos fogos. Mas a medida pode esbarrar nos prazos e obrigar a tutela a contratos por ajuste direto caso se voltem a verificar condições climatéricas excecionais antes do próximo verão, ou se se repetirem os problemas do último concurso. O concurso, lançado no final de 2017, com moldes em tudo semelhantes, foi anulado por exclusão de quase todas as empresas concorrentes, que apresentaram preços acima do limite imposto pelo Governo.

"O nosso firme compromisso é que se em qualquer momento, mesmo em março ou abril, tivermos condições excecionais que o justifiquem, nós não deixaremos de recorrer a todos os mecanismos, designadamente, se for necessária, a contratação imediata por ajuste direto dos meios aéreos", assumiu esta terça-feira o ministro da Administração Interna, à margem do Fórum Europeu de Proteção Civil, que decorre em Bruxelas.

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Eduardo Cabrita referia-se ao concurso urgente, aprovado em Conselho de Ministros a 1 de março e que esta terça-feira foi publicado em Diário da República, que terá um prazo de 15 dias, para a contratação de 40 meios aéreos de combate a incêndios florestais para 2018 a 2020, num montante total de 48 888 667 €. Este concurso surge numa altura em que os 6 helicópteros Kamov que pertencem ao Estado português estão todos inoperacionais, e só foram alocados 10 helicópteros ligeiros -ao serviço da Proteção Civil - por 10 714 milhões de euros à Helibravo.

PORMENORES

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Feridos

A Provedoria de Justiça apelou ontem às pessoas feridas nos incêndios de 2017 para entregarem os requerimentos para poderem ser indemnizadas. O prazo termina no dia 30 de maio.

Piloto critica

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Fernando Adrados, piloto espanhol que combateu o fogo de Pedrógão durante 4 dias, diz que houve "falta de coordenação e muito volume de ajuda concentrado em zonas onde não era preciso".

UE dá 50 milhões

O Fundo de Solidariedade da UE prevê que Portugal receba 50 milhões de euros para ajudar as populações afetadas pelos fogos de 2017, que causaram prejuízos de 1458 mil milhões de euros.

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