Grupo ganha meio milhão com fraude na TV cabo

Serviço ilegal foi adquirido por um médico, dois guardas prisionais, um professor e até um polícia.

18 de janeiro de 2019 às 01:30
Pirataria Foto: Direitos Reservados
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Um polícia, dois guardas prisionais, um médico e até um professor. Estes foram apenas alguns dos clientes que entre 2011 e 2013 terão adquirido um sistema de TV cabo pirata e que foram enumerados pela advogada da empresa de telecomunicações NOS, durante as alegações finais do processo que tem 13 arguidos a responder pelos crimes de burla informática e de comunicações e venda de dispositivos ilícitos. De acordo com a causídica, o esquema rendeu mais de meio milhão de euros.

Ainda durante as alegações finais, ontem de manhã, no Tribunal de S. João Novo, no Porto, a advogada referiu que o grupo comercializava os recetores adulterados, o que permitia o acesso a canais codificados como a Playboy e a Sport TV. O fornecimento da TV cabo era feito a partir de um sistema de cardsharing, ou seja, partilha de cartões, e que foi também difundido a proprietários de restaurantes, cafés e até hotéis.

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"Isto não pode ser feito sem o conhecimento das operadoras. Todos os comparadores do sistema acham que nada lhes pode acontecer, mas isto enquadra um crime", disse a represente da NOS, assistente no processo.

O sinal pirata era comercializado não só em Portugal mas também em França, na Suíça e até na África do Sul.

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Já o procurador do Ministério Público pediu a condenação dos arguidos a penas suspensas ou ao pagamento de multas. Os advogados que defendem os 13 arguidos pediram a sua absolvição "por falta de provas".

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