Guardas denunciam falta de revistas em visitas íntimas na prisão especial de Évora

Falta de guardas femininas levou à entrada de duas mulheres sem revistas. Serviços Prisionais dizem que revista não é exigida.

20 de junho de 2025 às 19:54
Cadeia de Évora é destinada a presos das forças de segurança, militares, e agentes de justiça Foto: Hugo Rainho
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O Sindicato Nacional da Guarda Prisional (SNGP) denunciou ao CM que pelo menos duas visitas íntimas (entrada de visitantes em cadeias para sexo com reclusos), se realizaram nesta sexta-feira, na prisão especial de Évora, sem a necessária revista de segurança.

Na origem desta situação, refere o SNGP, esteve a ausência de guardas femininas na prisão. "O regulamento é claro. A revista à entrada deste tipo de visitantes tem de ser feita por guardas do mesmo sexo das visitas. Revista essa que envolve controlo das roupas, dos orifícios naturais do corpo, de malas, sacos, etc", explicou ao CM Frederico Morais, presidente do SNGP.

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Ora, adianta o SNGP, "porque na escala de serviço não havia guardas femininas destacadas, as duas visitas foram controladas apenas pelo pórtico".

"Neste caso, a visita devia ter sido adiada, é uma enorme quebra de segurança as visitantes para a visita íntima não serem revistadas em condições. O sindicato questiona onde andam os serviços de auditoria e Inspeção nesta situação? Ou só existem para condenar guardas? Mais uma vez não estão a cumprir o artigo 12 da lei orgânica da direção-geral", concluiu Frederico Morais.

Fonte oficial dos Serviços Prisionais contactada pelo CM, diz que "o visitante não é revistado com minúcia (não se desnudam, nem se fazem agachamentos a visitantes, por exemplo) nas revistas íntimas". "A revista é feita de forma não exaustiva. Quem é revistado com rigor é o recluso, após a visita", concluiu a mesma fonte.

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