Heliporto de Guimarães proibido de ter voos
Infraestrutura não está certificada para receber doentes helitransportados.
O heliporto do hospital de Guimarães é um dos dois em todo o País que não está certificado para receber voos. O outro heliporto sem certificação é o de Lamego. Os dados são da Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC), que refere que há 20 heliportos abertos 24 horas por dia, entre os quais os dos hospitais de Braga e de Viana do Castelo.
Já o Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tem recebido voos noturnos de emergência médica, apesar de estar impedido de o fazer. Uma das situações foi relatada esta terça-feira pelo secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, que revelou ter sido helitransportado, há seis meses, para esta unidade hospitalar. "Correu tudo muito bem, cheguei à noite a Santa Maria, sem nenhum problema", disse.
Ao Correio da Manhã, fonte oficial da ANAC disse não ter conhecimento do caso, mas que "a confirmar-se, trata-se de uma situação ilegal", uma vez que o heliporto do Hospital de Santa Maria apenas tem certificação para operar durante o dia, sublinhando que a operação noturna deste heliporto "não consta, nem nunca constou" do manual de operações.
Em comunicado, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, do qual faz parte o Santa Maria, garante que "até novembro de 2018 os voos noturnos que aterraram na plataforma de aterragem foram autorizados pela Navegação Aérea de Portugal" e que a mesma "continuará disponível para receber doentes helitransportados em situação crítica, 24 horas por dia".
A lista de heliportos não certificados para receber aterragens noturnas inclui ainda os hospitais de Mirandela, Covões (Coimbra), Tomar, Santarém, Garcia de Orta (Almada), e Dr. Nélio Mendonça (Funchal).
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