“Hipóteses de os encontrar com vida são quase nulas”: Autoridades assumem dificuldades em localizar pescadores desaparecidos
Após o acidente, surgiram dúvidas sobre qual das embarcações teria responsabilidade. Foi aberto um inquérito.
As buscas por Flávio Simões e Manuel Guerreiro, desaparecidos nas águas do Tejo depois de o pequeno barco em que pescavam ser abalroado por um catamarã de passageiros, foram interrompidas na terça-feira à noite, sem resultados positivos. São retomadas esta quarta-feira, embora a esperança de os encontrar com vida seja quase nula. “As hipóteses de os encontrar com vida são quase nulas”, admitiu o capitão do Porto de Lisboa, comandante Paulo Vicente.
Os outros dois pescadores que sobreviveram - um deles já teve alta, o outro partiu as pernas e continua no Hospital Garcia de Orta - estão a receber apoio psicológico.
Mergulhadores forenses da Polícia Marítima retiraram uma ganchorra (utensílio usado na pesca de arrasto) da embarcação de pesca, mas os dois pescadores desaparecidos não foram encontrados. Paulo Vicente adiantou ainda que as operações de busca cobrem uma área de 30x15 km, que vai da Ponte 25 de Abril à Ponte Vasco da Gama, ou seja de Lisboa ao Seixal e ao Barreiro.
Ao mesmo tempo decorrem já duas investigações: uma da Autoridade Marítima e Ministério Público e outra pela Transtejo/Soflusa, que abriu um inquérito interno. Após o acidente surgiram dúvidas sobre qual das embarcações teria responsabilidade - os navios de passageiros têm de seguir um canal definido que é atravessado por barcos de pesca e onde ocorreu a colisão -, mas até agora não há conclusões definitivas.
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