Homem acusado de assaltar banco na Madeira confessa crime no início do julgamento

Arguido afirmou que a arma utilizada no assalto era uma pistola de água.

13 de novembro de 2024 às 17:40
Tribunal Foto: Getty Images/iStockphoto
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O homem acusado de ter assaltado em janeiro uma agência bancária da Caixa Geral de Depósitos, em Câmara de Lobos, na Madeira, da qual roubou cerca de 215 mil euros, confessou esta quarta-feira o crime em tribunal.

Na primeira sessão do julgamento, que decorreu esta quarta-feira no Tribunal do Funchal, o arguido, de 42 anos, confessou ter cometido o crime, embora rejeitando alguns dos detalhes descritos na acusação do Ministério Público (MP).

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Na manhã de 12 de janeiro, o arguido, de rosto coberto e com uma máscara, entrou numa agência da Caixa Geral de Depósitos (CGD), no centro da cidade de Câmara de Lobos, concelho contíguo a oeste do Funchal, empunhando uma suposta arma de fogo.

Segundo a acusação do MP, lida pela presidente do coletivo de juízes, Joana Dias, o assaltante ameaçou funcionários e utentes e depois fugiu com 214.965 euros para parte incerta.

O arguido atuou "fazendo uso de uma arma de fogo ou pelo menos de um objeto que tinha a aparência de uma arma de fogo", com o objetivo de dificultar uma reação dos funcionários e "anunciando que lhes faria mal caso não atuassem da forma que lhes ordenou", de acordo com a acusação.

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Homem assalta banco no Funchal e coloca-se em fuga

O homem está acusado de um crime de roubo qualificado, três crimes de sequestro qualificado em concurso aparente e três crimes de sequestro em concurso real, dois dos quais qualificados, indicou a juíza Joana Dias.

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O homem foi detido pela PJ cinco dias após o crime, em 17 de janeiro, depois de ter sido referenciada a viatura que utilizou no assalto, informou aquela polícia na altura.

A PJ fez buscas na casa do suspeito e recuperou cerca de 208 mil euros.

Em 19 de janeiro, depois de ter sido presente a primeiro interrogatório judicial, o arguido foi sujeito à medida de coação de prisão preventiva, a mais gravosa.

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Perante o coletivo de juízes, o homem afirmou esta quarta-feira que não planeou o crime e que queria ter-se matado nesse dia, mas não conseguiu.

De voz embargada e a chorar, disse ainda que "estava desesperado porque ia ficar sem trabalho" e que os filhos encontravam-se doentes e não tinha dinheiro para ir ao médico.

Segundo o arguido, a arma utilizada era uma pistola de água.

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O homem pediu ainda desculpa à instituição bancária e às pessoas envolvidas no assalto.

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