Homicida apanha 23 anos

Condenado pelos crimes de abuso de confiança e homicídio qualificado

04 de setembro de 2013 às 01:00
HOMICÍDIO, MORTE, PRISÃO, CADEIA, SANTA MARIA DA FEIRA Foto: Manuel Azevedo
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Foi recebida com lágrimas de alegria, pela família de David Costa, a sentença de 23 anos de prisão imposta pelo tribunal de Santa Maria da Feira, a Paulo Rocha, de 40 anos, o homem que a 24 de maio de 2012 matou à facada o próprio patrão, de 50 anos, na empresa Presdouro, em S. João de Ver, Santa Maria da Feira.

Para o tribunal foram dados como provados os crimes de abuso de confiança e de homicídio qualificado de que o arguido era acusado. Segundo o juiz, o detido desviou, em dois anos, mais de 80 mil euros da empresa onde trabalhava e, quando achou que o patrão ia descobrir os desvios, atingiu-o com duas facadas – uma fatal, no pescoço.

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Durante todo o julgamento, o arguido assumiu que tinha matado David Costa, mas alegou sempre que o tinha feito em legítima defesa, durante uma discussão. O detido afirmou também que os desvios de dinheiro que tinha feito à empresa tinham sido ordenados pelo patrão. Esta versão foi considerada "improvável" pelo juiz, afirmando que Paulo Rocha planeou "ao pormenor" o ataque à vítima.

O arguido assumiu ser o braço-direito da vítima mortal na empresa e foi condenado a 21 anos de prisão por homicídio qualificado. Foi também condenado a cinco anos de prisão por abuso de confiança qualificado. Como cúmulo jurídico, o tribunal fixou-lhe 23 anos de prisão, ultrapassando, assim, a pena pedida pelo Ministério Público, que nas alegações pediu uma pena "nunca inferior a 20 anos".

O condenado vai ser também obrigado a pagar os 81 mil euros que desviou à empresa Presdouro e a pagar uma indemnização de cerca de 90 mil euros aos familiares da vítima.

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