Homicídio à facada no Seixal dá internamento psiquiátrico até 21 anos
Tribunal deu como provado que Pedro Leite matou Joaquim Ramalho por ter falhado medicação para a esquizofrenia.
O tribunal de Almada condenou esta terça-feira a um período de internamento psiquiátrico não inferior a 3 anos, e não superior a 21 anos e 4 meses, o homem que matou à facada Joaquim Ramalho, a 28 de junho de 2024, no Seixal.
O acórdão deu como provado que Pedro Leite, o arguido, matou com quatro facadas o idoso, falecido aos 88 anos, por ter estado sem tomar a medicação para a esquizofrenia (provada em tribunal através de uma perícia psiquiátrica) durante um período considerável.
Pedro Pestana, advogado do arguido, disse ao CM que a mãe do seu cliente esteve, "pouco antes do crime ser cometido, na psiquiatria do hospital Garcia de Orta, em Almada (onde o mesmo era seguido), a dar conta da recusa do arguido em tomar a medicação injetável". "Disseram-lhe que caso o filho tivesse uma crise, que chamasse a polícia", lamentou.
A pena aplicada a Pedro Leite é dependente de pareceres médicos regulares. "Se após os primeiros 3 anos, houver um parecer de que ele já está capaz de voltar à sociedade, ele é libertado", explicou Pedro Pestana. O advogado afirmou que vai ponderar se recorre, congratulando-se pelo facto de "o arguido não ter sido colocado numa prisão, mas sim numa instituição prisional de tratamento psiquiátrico".
Pedro Leite está em prisão preventiva, desde junho do ano passado, no Hospital-Prisão de Caxias, Oeiras.
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