IGAI abriu processo administrativo ao caso das suspeitas de tortura em esquadras da PSP

Em causa estão suspeitas de crimes de tortura, ofensas à integridade física qualificadas, peculato e falsificações, indicou a Procuradoria-Geral da República.

11 de julho de 2025 às 17:38
PSP Foto: Direitos Reservados
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A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) avançou esta sexta-feira que foi aberto um processo administrativo ao caso das suspeitas de tortura em esquadras da PSP, em Lisboa, e que aguarda o envio de informações desta polícia.

Em resposta escrita enviada à Lusa, a IGAI esclareceu que "aguarda o envio de elementos por parte da PSP" e que o processo administrativo se encontra a decorrer.

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O processo está relacionado com as buscas feitas esta quinta-feira pelo Ministério Público a várias esquadras da primeira Divisão Policial de Lisboa e que resultaram na detenção de dois agentes da PSP, que estão hoje a ser ouvidos em primeiro interrogatório para aplicação das respectivas medidas de coação.

Em causa estão suspeitas de crimes de tortura, ofensas à integridade física qualificadas, peculato e falsificações, indicou a Procuradoria-Geral da República (PGR), numa nota publicada esta quinta-feira no seu 'site'.

"Até ao momento, encontram-se denunciados cerca de uma dezena de ilícitos", acrescentou a PGR, referindo ainda que foi a PSP que denunciou os factos em investigação.

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As buscas decorreram em algumas esquadras da primeira Divisão Policial de Lisboa e fonte policial adiantou à Lusa que aconteceram, pelo menos, nas esquadras do Bairro Alto e do Rato.

Além das buscas feitas nas esquadras, o Ministério Público fez também buscas domiciliárias.

Contactado pela Lusa, o Ministério da Administração Interna indicou que não vai fazer qualquer comentário sobre as buscas. 

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