IGAI legitima morte de imigrante brasileira a tiro
Perícias não revelam quem matou Ivanice Costa, em Lisboa.
A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) concluiu que os seis agentes da PSP de Loures que dispararam mais de 40 tiros, matando a imigrante brasileira Ivanice Costa, a 15 de novembro de 2017, em Lisboa, agiram em legítima defesa.
Em relatório, a entidade afirma que os polícias de Loures foram confrontados com a condução perigosa do namorado da vítima, pensando assim estar perante um carro usado num roubo a uma carrinha de valores, em Almada.
Esta conclusão surge após diligências pedidas pelos inspetores da IGAI responsáveis pelo processo aos seis agentes, ao Laboratório de Polícia Científica da PJ. A mesma incluiu peritagens às pistolas Glock 19 de cinco dos polícias, e à espingarda shotgun do outro, e ainda exames aos agentes.
Apesar de a autópsia ter provado que a imigrante foi morta com um disparo de Glock 19, não foi possível apurar a identidade do agente que disparou.
Além disso, a ameaça para as integridades físicas dos agentes causada pela condução do namorado de Ivanice Costa, legitimou, segundo a IGAI, os disparos contra a parte frontal e lateral do carro, que mataram a brasileira.
PORMENORES
Polícias agiram bem
Os dois instrutores da IGAI responsáveis pela investigação consideram que os polícias agiram bem em duas ruas da zona da Encarnação, Lisboa, onde viriam a matar Ivanice Costa.
Esperam acusação
Apesar do andamento do inquérito disciplinar, os seis agentes aguardam por eventual acusação no processo-crime que o Ministério Público instaurou.
Sétimo polícia
O sétimo polícia investigado neste inquérito não é arguido: não disparou qualquer arma.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt