Incendeiam carro de adepto leonino
Tocha para pegar fogo era semelhante às usadas nos estádios.
"Este tipo de perseguição é lamentável e está a atingir um nível assustador." Quem o diz é José João Silva, de 46 anos, que no domingo de madrugada viu o seu carro ser incendiado na rua, à porta da sede da Juve Leo, a escassos metros da PJ, em Braga. O dirigente da claque leonina de Braga diz que não é a primeira vez que é atacado por alegados elementos ligados às claques do Sp. Braga. O engenho utilizado para incendiar o carro é semelhante aos que são usados nos estádios.
"Com as claques do Benfica e do FC Porto nunca tivemos problemas, mas infelizmente o comportamento dos adeptos do Sp. Braga tem sido diferente", lamentou o sportinguista.
O incidente aconteceu pouco depois da meia-noite de domingo, na rua Professor Mota Leite, em Braga. José João Silva tinha acabado de chegar, com a mulher e o filho de dez anos, à sede da claque, após a vitória do Sporting em Moreira de Cónegos. Poucos minutos depois de estacionar, apercebeu-se de que tinha o carro em chamas. "Um colega viu movimentações na rua e, quando saímos, estava o carro em chamas e um Smart, com duas pessoas a arrancar", contou. Ainda perturbado, tentou seguir a dupla, mas acabou por perdê-la de vista. Descreve que, nas imediações da sede, na circular urbana, "havia mais uma dezena de indivíduos", que fugiram antes de a polícia chegar. A PJ recolheu o que sobrou do engenho (tocha) utilizado para incendiar o carro e está a analisar as imagens colhidas pelo sistema de videovigilância da própria polícia.
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