Incendiário reincidente nega ter ateado fogo intencional em Anadia

"Acendi um cigarro e atirei o fósforo para o lado. Não reparei se pegou fogo", disse em tribunal.

15 de janeiro de 2018 às 15:32
Tribunal de Aveiro Foto: Miguel Pereira da Silva
Tribunal de Aveiro Foto: Nuno Fernandes Veiga
Tribunal de Aveiro Foto: Direitos Reservados

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Um homem de 46 anos reincidente por crimes de incêndio florestal negou esta segunda-feira, no Tribunal de Aveiro, ter ateado de forma intencional um fogo que consumiu 1.600 metros quadrados de floresta, em Anadia.

Durante a primeira sessão do julgamento, o arguido admitiu ter parado no local onde deflagrou o incêndio para "fazer necessidades" e fumar um cigarro.

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"Acendi um cigarro e atirei o fósforo para o lado. Não reparei se pegou fogo", referiu.

Questionado pelo juiz presidente, o arguido que trabalhava como madeireiro, afirmou ainda que ninguém lhe pediu para atear fogo àquele sítio.

O incêndio ocorreu no dia 3 de julho de 2017, cerca das 22h00, junto à zona industrial do Pinhal do Prior, em Avelãs de Caminho, Anadia.

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O indivíduo, que está acusado de um crime de incêndio florestal, foi detido pela Polícia Judiciária poucos dias após a prática dos factos, encontrando-se atualmente em prisão preventiva.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), o arguido percorreu de bicicleta uma estrada de terra batida durante cerca de 250 metros e ateou fogo a um amontoado de ervas e folhas secas ali existente, com recurso a fósforos, abandonando o local de seguida.

Alguns minutos depois, vários automobilistas que passavam no IC2 viram as labaredas e o fumo e contactaram a GNR e os Bombeiros.

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O incêndio foi combatido por elementos das corporações de Anadia, Oliveira do Bairro e Águeda e uma equipa de sapadores, num total de 25 operacionais, apoiados por cinco viaturas.

De acordo com o MP, o arguido praticou os factos quando decorria o período de suspensão da pena de quatro anos de prisão a que tinha sido condenado em maio de 2016 por ter ateado dois incêndios florestais no mesmo dia, naquele concelho, que consumiram 250 metros quadrados de mato e eucalipto.

No seu cadastro, constam ainda várias condenações por condução de veículo em estado de embriaguez.

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