José Sócrates e Santos Silva vão a julgamento por três crimes de branqueamento de capitais
Juíza defendeu que o processo seja junto ao caso principal, cujo julgamento arranca a 3 de julho deste ano.
José Sócrates e o amigo Carlos Santos Silva vão a julgamento no âmbito do mini processo da Operação Marquês - processo separado do caso principal. Em causa estão três crimes de branqueamento. A juíza defendeu ainda, esta quarta-feira, que o processo seja junto ao caso principal, cujo julgamento arranca a 3 de julho deste ano.
“A versão dos arguidos não se afigura credível. Entregas em numerário não se coaduna com as regras normais de um empréstimo. Tudo indicia que o dinheiro era de Sócrates. A sua conta pessoal [de José Sócrates ]encontrava-se sempre desfalcada. Há indícios de que José Sócrates se serviu da conta de João Perna, então motorista, para receber dinheiro de Carlos Santos Silva. João perna confirmou, em sede de inquérito, que recebeu envelopes de dinheiro”, disse a juíza.
A juíza disse ainda que há indícios suficientes da prática do crime de branqueamento relativo ao uso da conta de Inês do Rosário, mulher de Carlos Santos Silva, acrescentando ainda de que há indícios da prática do último crime de branqueamento - uso de terceiros para pagar a um blogger e ao escritor fantasma da tese que deu origem ao livro de José Sócrates,
A magistrada declarou que os crime de falsificação de documentos, pelos quais estavam também indiciados, estão prescritos.
Sócrates enfrenta assim um segundo julgamento no âmbito do Caso Marquês.
Recorde-se de que o caso principal, no qual José Sócrates responde por corrupção, começa a ser julgado no dia 3 de julho.
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